A neurite óptica é uma condição inflamatória do nervo óptico que pode resultar em perda aguda da visão. Seus sintomas incluem visão embaçada, dor ocular ao movimentar os olhos e redução na percepção de núcleos.

Neste episódio, Jhonatan Felipe Ferreira, residente em Neurologia e editor-médico do Livro Brancofala sobre essa inflamação do nervo óptico decorrente de muitas etiologias.

A patogênese do NÃO não é bem compreendida.

Processo inflamatório que leva a uma ocorrência de hipersensibilidade tardia tipo IV, provocada pela liberação de citocinas e outros mediadores inflamatórios de células T específicas ativadas, que podem atravessar a barreira hematoencefálica e causar destruição da mielina, morte de células neurais e degeneração axonal.

Estudos com tomografia de coerência óptica (TCO) sugerem o envolvimento de axônios e bainha de mielina nesse processo.

A perda visual permanente (40-60%) e o déficit visual no NO são decorrentes de:

  • Perda axonal no nervo óptico e da retina;
  • Afinamento da camada de fibras nervosas da retina;
  • Bloqueio de condução causado pela desmielinização do nervo óptico.

Exame neurológico completo.

Exame oftalmológico completo, incluindo avaliação das pupilas, acuidade visual, biomicroscopia, tonometria e fundoscopia sob dilatação.

Ressonância magnética (RM) de crânios; se necessário, da coluna cervical e torácica. Também fornecerá uma avaliação diante do risco de esclerose múltipla (EM) subsequentemente.

Pode ser necessária uma punção lombar.

Pacientes com neurite óptica recorrente ou bilateral e aqueles que apresentam sinais ou sintomas neurológicos adicionais devem ser submetidos a uma avaliação mais aprofundada para determinar se a neurite óptica é devida a uma doença neurológica mais ampla, como distúrbio do espectro da neuromielite óptica (NMOSD) ou doença associada ao anticorpo da glicoproteína de oligodendrócitos da mielina (MOG) (MOGAD).

O teste sorológico de anticorpos para neuromielite óptica é sugerido para indivíduos com NÃO recorrente, particularmente se a RM cranioencefálica para negativa para qualquer lesão T2/FLAIR anormal fora do(s) nervo(s) óptico(s) afetado(s).

A TCO mede a espessura da camada de fibras nervosas da retina e detecta o afinamento na maioria (85%) dos pacientes com NO.

Saiba mais sobre o Neurite Óptica conferindo o episódio completo deste podcast abaixo ou no canal oficial do Livro Branco não Spotify!

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