Numa crescente discórdia diplomática, a Nicarágua declarou ontem a sua decisão de romper todos os laços diplomáticos com o Equador.
Esta decisão seguiu-se a uma operação policial na Embaixada do México em Quito, visando Jorge Glas, antigo vice-presidente do Equador.
Glas estava abrigado na embaixada desde dezembro anterior.
O governo da Nicarágua articulou a sua firme desaprovação e censura às ações empreendidas pelo governo do Equador.
Estas acções foram consideradas uma violação significativa das normas internacionais e foram vistas como contrárias às responsabilidades de manutenção da ordem pública e salvaguarda de vidas.
Em resposta aos acontecimentos da manhã em Quito, a Nicarágua decidiu cortar completamente os laços diplomáticos com o governo do Equador.
Esta decisão foi um passo formal na sequência da ação anterior da Nicarágua de retirar a sua embaixada de Quito em setembro de 2020.
Depois do México, que cortou relações com o Equador devido a um ataque à sua embaixada e à prisão de Glas, a Nicarágua fez o mesmo.
O México reconheceu Glas como vítima de perseguição política no Equador e concedeu-lhe asilo.
A recusa do governo equatoriano de passagem segura para Glas e a batida policial na Embaixada do México suscitaram uma condenação global generalizada.
A América Latina enfrenta tensões acrescidas após a ruptura das relações diplomáticas entre o México e o Equador.
O incidente provocou respostas globais, especialmente após as observações do Presidente López Obrador sobre o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.
Esses comentários levaram o Equador a declarar o embaixador mexicano persona non grata.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), ao lado de países como Brasil, Argentina e Chile, apelou ao diálogo e ao respeito pelas missões diplomáticas.
O Brasil e o Chile, em particular, destacaram a violação das normas diplomáticas, defendendo o México.
Argentina e Cuba ecoaram o apelo ao respeito previsto na Convenção de Viena.
A Colômbia planeja solicitar medidas de proteção para Glas à Comissão Interamericana de Direitos Humanos CIDH.
Eles argumentam que isso se deve a uma violação dos seus direitos de asilo.
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