Esta semana, a Autoridade do Canal do Panamá anunciou novas medidas para manter o tráfego de navios fluindo sem problemas.

As mudanças ocorrem porque este mês foi o mais seco em 73 anos de registros.

Num boletim, a Autoridade afirmou que limitará o número de navios que podem passar entre o Atlântico e o Pacífico de novembro de 2023 a fevereiro de 2024.

Especificamente, de 3 a 7 de novembro, 25 vagas estarão disponíveis para navios. Depois, de 8 a 30 de novembro, serão abertas 24 vagas.

Durante todo o mês de dezembro, serão disponibilizadas apenas 22 vagas.

A partir do novo ano, haverá ainda menos vagas. Apenas 20 vagas estarão abertas de 1º a 31 de janeiro, e apenas 18 a partir de 1º de fevereiro de 2024.

Estas novas regras somam-se às medidas anteriores que a Autoridade tomou para poupar água e manter o Canal seguro.

Novas regras no Canal do Panamá devido à seca. (Foto reprodução na Internet)

Por exemplo, eles já reutilizam água nas eclusas Neopanamax maiores e mais novas e nas eclusas Panamax menores e mais antigas.

Por último, a Autoridade informou ainda que a partir de 1º de novembro, apenas 31 navios passarão pelo Canal por dia.

Destas, 9 utilizarão as eclusas Neopanamax maiores e 22 utilizarão as eclusas Panamax menores.

Fundo

O Canal do Panamá, inaugurado em 1914, tem sido um elo crucial para o comércio global há mais de um século.

Ele conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, facilitando a movimentação de mercadorias pelos navios.

No entanto, o Canal tem enfrentado desafios ao longo dos anos, desde questões políticas até questões naturais, como as secas.

A actual crise hídrica é uma preocupação séria, uma vez que os níveis de água são essenciais para o bom funcionamento das eclusas do Canal.

Estas novas medidas visam manter o Canal operacional e ao mesmo tempo conservar água. Medidas anteriores, como a reutilização de água, foram fundamentais na manutenção das operações diárias.

As faixas horárias limitadas são um passo necessário mas preocupante, podendo afectar as rotas comerciais globais e os custos de transporte.

É claro que a Autoridade do Canal está a tentar equilibrar várias necessidades: manter operações eficientes, garantir a segurança e gerir recursos hídricos limitados.

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