Em abril, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,1% em relação a março, segundo o Monitor do PIB da FGV/Ibre.
Apesar desta ligeira queda mensal, a comparação do crescimento anual com abril de 2023 foi de impressionantes 5,1%.
Nos últimos 12 meses, a taxa de crescimento acumulada situou-se em 2,7%.
Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB, destacou que embora a economia tenha permanecido estável em abril, essa estabilidade sinalizou uma desaceleração do crescimento após um início de ano robusto.
O crescimento anual de 5,1% em investimentos, indústria, consumo, exportações e importações mostra um forte desempenho económico em comparação com 2023.
No trimestre consecutivo encerrado em abril de 2024, o PIB aumentou 2,8% em comparação com o período equivalente do ano anterior.
O consumo das famílias cresceu 5,5% neste trimestre, com ganhos significativos em serviços e bens não duráveis.
O investimento, medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), cresceu 4,8% no mesmo trimestre.
As contribuições vieram de máquinas e equipamentos, que cresceu 5,5%, da construção, que cresceu 3,5%, e de outros ativos, que cresceu 7,2%.
O PIB do Brasil cai ligeiramente em abril, mas o crescimento anual permanece forte
As exportações de bens e serviços também apresentaram forte desempenho, crescendo 8,8% no trimestre encerrado em abril em relação ao mesmo período do ano anterior.
As importações de bens e serviços registaram um aumento ainda mais substancial, aumentando 11,6%, impulsionadas pelos serviços e bens intermédios.
De janeiro a abril, o PIB atingiu R$ 3,63 trilhões em valores correntes. A taxa de investimento na economia foi de 17,6% em abril.
O Monitor do PIB utiliza os mesmos dados e métodos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este relatório é crucial porque fornece indicadores precoces da saúde económica do país, orientando as decisões políticas e as expectativas do mercado.