O número recorde de quase 42 bilhões de transações movimentadas no ano passado pelo PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Brasil, já era conhecido, mas dados recém-consolidados do Banco Central também mostram que o sistema foi responsável por 39% do todos pagamentos eletrônicos em 2023 — muito próximo dos 41% feitos com cartões. Conforme informamos, o PIX está preparado para desafiar a indústria de cartões nos próximos anos à medida que ganha novas funcionalidades.

Segundo o Banco Central, a utilização de todos os métodos de pagamento eletrónico cresceu no ano passado: 108,7 mil milhões de transações, um aumento de 31% em relação ao ano anterior. O volume financeiro movimentado por essas operações aumentou 9%, para R$ 99,7 trilhões —os dados da autoridade monetária excluem as transações realizadas em dinheiro.

As transações com cartão também aumentaram em todas as modalidades: crédito (12%), débito (5%) e pré-pago (36%).

Ao mesmo tempo, os levantamentos de dinheiro diminuíram cerca de 27 por cento. No volume financeiro, a queda foi menor (5%). Em comparação com 2019, ano anterior ao boom digital causado pela pandemia de Covid e pelo lançamento do PIX, a queda nos saques em dinheiro foi de 36 por cento, com o volume financeiro também caindo 27 por cento.

Outro facto relevante do relatório do Banco Central é que os telemóveis tornaram-se o meio de pagamento mais utilizado, representando 82 por cento das transacções. No entanto, isto não significa que as transações online tenham dominado o mercado, já que 42% das transações por telemóvel são feitas pessoalmente.

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