No início de Maio, o BBVA lançou uma oferta pública de aquisição hostil e inesperada sobre o Banco Sabadell, surpreendendo o sector financeiro espanhol.
Esta medida ousada, a primeira do género em quatro décadas, teve como alvo um banco-chave para a economia da Catalunha.
Inicialmente, Sabadell permaneceu em silêncio, mas logo rejeitou abertamente a oferta.
Revelaram conversações privadas, manifestando a sua dissidência, e apresentaram queixa à Comissão Nacional do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV).
Sabadell instou o BBVA a divulgar quais acionistas Carlos Torres, presidente do BBVA, havia contatado, desencadeando uma investigação regulatória.
A oferta provocou agitação financeira generalizada e reações políticas significativas, do Podemos ao Partido Popular.
O ministro da Economia, Carlos Cuerpo, criticou abertamente as táticas do BBVA em inúmeras declarações públicas.
Com o apoio da Moncloa, a posição forte de Cuerpo realçou os receios de uma consolidação excessiva no sector bancário.
O BBVA pretendia expandir os seus ativos e aumentar a competitividade internacional através da aquisição.
Embora esta fusão prometesse melhorar as operações globais, enfrentou um intenso escrutínio por parte dos reguladores interessados em manter a concorrência no mercado e a estabilidade financeira.
As principais autoridades, incluindo a CNMV, os organismos de concorrência do Reino Unido e da Espanha, e o Banco Central Europeu, desempenham papéis cruciais no processo de análise das fusões.
Espera-se que este extenso procedimento dure pelo menos seis meses e pode se prolongar se a rivalidade levar a disputas legais.
O conflito começou no dia 30 de abril, quando o BBVA respondeu aos rumores, manifestando interesse na fusão com Sabadell.
Sabadell reconheceu a proposta brevemente e sem compromisso.
No dia seguinte, o BBVA agravou a questão ao detalhar publicamente a sua oferta, que Sabadell considerou uma subavaliação significativa.
A divulgação do BBVA e a firme rejeição das renegociações por parte de Sabadell agravaram o conflito, culminando no anúncio de aquisição hostil do BBVA em 9 de maio.
Esta medida suscitou respostas cautelosas por parte dos líderes, enfatizando a necessidade de uma governação adequada em ações corporativas críticas.
Fundo
O BBVA tem uma presença robusta na Europa e na América Latina, nomeadamente no México e na Turquia.
Ao fundir-se com o Sabadell, o banco poderá expandir significativamente a sua presença na Europa, especialmente no Reino Unido e em Espanha.
Além disso, esta fusão permitiria ao BBVA explorar novos mercados onde Sabadell já possui redes, aumentando a sua competitividade global.