(Opinião) Embora seja fácil culpar o El Niño ou as alterações climáticas, os atuais problemas energéticos do Equador decorrem verdadeiramente da má governação e da falta de previsão.

Desde 27 de Outubro, os apagões têm assolado o país, revelando lacunas no planeamento governamental.

Os analistas alertaram sobre uma seca iminente, mas o governo não tomou medidas preventivas.

O custo financeiro é impressionante. As indústrias perdem cerca de US$ 18 milhões por cada hora de apagão.

Uma pesquisa recente mostra que de 1.000 indústrias, apenas 45 conseguem autogerar energia. Esta situação poderia ter sido evitada com um melhor planeamento e investimento.

Os apagões estão programados para durar até 15 de dezembro. Agora, o governo enfrenta duas opções ruins.

Desmascarando os verdadeiros culpados da crise energética do Equador. (Foto reprodução na Internet)

Podem importar electricidade dispendiosa da Colômbia e do Peru ou depender de centrais termoeléctricas privadas dispendiosas. Ambas as escolhas falham como soluções de longo prazo.

Além disso, a falta de planejamento estratégico atrapalha as pequenas empresas. Eles lutam para operar em um ambiente tão instável.

Analistas dizem que resolver esse problema é uma tarefa enorme que não pode ser feita da noite para o dia. Assim, vemos o impacto de anos de inação governamental.

Quanto às soluções, o governo propõe soluções rápidas e ineficazes. Eles sugerem alugar termelétricas ou comprar energia de empresas privadas.

Estas medidas são dispendiosas e não resolvem a raiz do problema.

Construindo Novas Fábricas – Desmascarando os Verdadeiros Culpados

Para piorar a situação, um plano diretor para 2020 visava construir dez novas usinas hidrelétricas. Apenas dois foram concluídos.

Os analistas observam que, embora tenham sido investidos anualmente 6 mil milhões de dólares na última década, a manutenção foi negligenciada, especialmente depois das medidas de austeridade de 2017.

Em conclusão, a crise energética do Equador não é uma catástrofe natural, mas sim o resultado de uma falha humana. O mau planeamento e a falta de investimento deixaram a economia por um fio.

Esta crise constitui uma dura lição sobre os riscos de negligência administrativa.

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