O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, acusou na segunda-feira o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, de “um sério ataque antissemita” e declarou-o uma pessoa indesejável depois que Lula comparou as recentes operações de Israel em Gaza ao Holocausto.

Na Cimeira da União Africana em Adis Abeba, no domingo, Lula disse que “o que está a acontecer na Faixa de Gaza e com o povo palestiniano” tem um único precedente: “quando Hitler decidiu matar os judeus”.

A declaração de Lula foi rapidamente confrontada pelo governo israelita, incluindo o indignado primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que disse que “comparar Israel ao Holocausto nazi e a Hitler é ultrapassar uma linha vermelha”.

A Confederação Israelita Brasileira (Conib), a principal organização judaica do país, também repudiou os comentários de Lula, afirmando num comunicado que a “perversa distorção da realidade” de Lula “ofendeu a memória das vítimas do Holocausto e dos seus descendentes”. O presidente da Conib, Claudio Lottenberg, disse em entrevista que Lula “incentivava o discurso de ódio”.

O conflito agravou-se ainda mais quando Katz convocou o embaixador do Brasil em Tel Aviv para uma reprimenda incomum no Yad Vashem, o memorial oficial de Israel às vítimas do Holocausto. Eles visitaram o memorial juntos e diante das câmeras, e o Sr. Katz mostrou ao embaixador Frederico Meyer os nomes de seus avós que foram mortos no Holocausto.

O Brasil respondeu chamando Meyer de volta ao Brasil para consultas – uma expressão de desacordo – e convocando o embaixador israelense Daniel Zonshine para uma reunião no escritório do Ministério das Relações Exteriores no Rio de Janeiro, que sediará uma cúpula ministerial do G20 ainda este ano. semana.

Para Daniel Buarque, editor executivo da Interesse Nacional, uma revista online sobre a diplomacia brasileira, o comportamento de Lula é uma medida diplomática de alto risco e alta recompensa. Isto…

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