Na segunda-feira o hospital divulgou nota, apontando espera superior até 12 horas por leito

Pacientes e acompanhantes no corredor da Santa Casa: longa espera por leito (Foto: Direto das ruas)

Pacientes internados em corredores, recepção de soro e medicação na veia, com acompanhamentos em pé ao lado dos pacientes. Uma cena que não é nova e volta a se repetir na Santa Casa de Campo Grande. Na segunda-feira, o hospital já havia divulgado que o problema antigo voltou a ocorrer.

As imagens que chegaram ao Campo Grande News mostram tanto pessoas jovens como idosos em corredores. É possível constatar que até uma maca do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) está disponível para uso no corredor.

A situação não afetaria apenas aqueles que chegam e esperam o encaminhamento até um leito de enfermaria. A imagem mostra que também a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) tem todos os leitos ocupados. O Hospital é o maior do Mato Grosso do Sul.

Na nota divulgada na segunda-feira, o hospital noticiou que tinha 110 pacientes na área de ortopedia, com 40 deles esperando passar por procedimento cirúrgico. “Estamos diante de um desafio complexo. Infelizmente, não temos capacidade de atender a todos simultaneamente. Os casos de atendimento estão chegando de diversos pontos do estado, o que agrava ainda mais a situação”, afirma o documento.

Conforme a instituição, a situação de permanência em maca no corredor chega a ser prorrogada por mais de 12 horas. Na nota, o hospital alertou para que as pessoas adotassem cautela para evitar acidentes e necessitarem de hospitalização.

A falta de leitos de internação não é um problema novo em Campo Grande. Além de pessoas moradoras da cidade, a rede hospitalar da Capital também recebe pacientes do interior, enviados pelo serviço de regulação do poder público.

Um dos principais hospitais do Estado, a Santa Casa também tem UTI lotada
Um dos principais hospitais do Estado, a Santa Casa também tem UTI lotada

A situação chegou a motivar uma ação civil pública do Ministério Público Federal exigindo o aumento da oferta de leitos para que o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian fosse excluído como uma das portas de entrada de urgências e emergências. O argumento foi que o hospital não estava conseguindo cumprir sua função de hospital escola. A Justiça Federal chegou a conceder liminar para obrigar Estado e Município a criar um cronograma, mas recurso do Estado ao TRF3 (Tribunal Regional Federal) removeu a medida.

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