Passagem saiu de R$ 4,65 para R$ 4,75; novo valor foi anunciado nesta quinta-feira
O reajuste no valor do passe de ônibus para R$ 4,75, pegou muitos passageiros de surpresa. O preço cobrado ainda é o antigo (R$ 4,65) e deve mudar a partir de sexta-feira (15).
O aumento de R$ 0,10 ou 2,94% foi publicado nesta quinta-feira (14), no Diário Oficial de Campo Grande.
A merendeira, Lilia Chamurro, de 57 anos, é uma das pessoas que não sabia fazer reajuste. Ela acredita que o aumento complica muito para os trabalhadores.
“Além de aumentar, conta mais da gente. É muito difícil para as pessoas que dependem do ônibus e não conseguem pagar, como no caso dos desempregados. Recebe um salário mínimo, é descontado em cerca de 70 reais”, comentou.
A vendedora, Rosimeire Marques, de 50 anos, também é outro exemplo. Além do preço da passagem, ela reclama da lotação nos ônibus.
“Além da tarifa ser alta, os ônibus são super lotados, não tem carro suficiente para transportar a gente. Fiquei surpreso que vai aumentar, nem dá tempo de saber, eu saio cedo de casa e chego 20h. Estou indignada”, lamentou.
A aposentada, Maria Mendes, de 59 anos, conta que depende 100% do transporte público e que o aumento vai impactar financeiramente.
“Até para pagar uma conta eu dependo do transporte público. Vou ao médico mais de cinco vezes ao mês, hoje estou usando o passe do meu filho, que me emprestou, mas mesmo assim sai caro. Quando não consigo pegar com ele, preciso pagar. Para nós que somos assalariados esse aumento sai caro no final do mês”, pontuou.
Reajustar – A portaria ainda trata de outros valores: a tarifa paga pelos órgãos públicos da administração direta e indireta foi cobrada em R$ 5,95.
Nas datas especiais (Trabalho, das Mães, dos Pais, Aniversário de Campo Grande, Finados, Natal e Ano Novo), fica estipulada tarifa de R$ 1,90, sendo exclusiva para pagamento em cartão eletrônico recarregável.
A medida foi tomada após uma intimação do juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, que havia estipulado prazo de 48 horas para que o Executivo aumentasse a tarifa do transporte coletivo. Caso não apresente proposta, a prefeitura estaria sujeita a uma multa de R$ 300 mil.
O valor da tarifa técnica não foi publicado no Diogrande desta quinta-feira, mas, segundo o diretor da Agereg (Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos), Odilon de Oliveira Junior, passou de R$ 5,80 para R$ 5,95 . Inicialmente, o Consórcio Guaicurus pleiteava R$ 7,79 que havia sido calculado pela própria agência, mas, no transcorrer das negociações, acordado o que hoje acabou sendo oficialmente previsto pelo Executivo.
Pela publicação, a medida entraria em vigor a partir da publicação, ou seja, nesta quinta-feira. No entanto, em entrevista ao Notícias Campo GrandeOdilon disse que, por questão operacional, a nova cobrança não será possível hoje, sendo ainda estipulada a tarifa anterior, R$ 4,65.
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