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Numa região há muito sombreada por conflitos, um novo capítulo desenrola-se à medida que o Hamas concorda com a proposta de cessar-fogo do Egipto, apesar das hesitações de Israel.
Este desenvolvimento marca um passo significativo, embora frágil, rumo à paz entre Israel e o Hamas, com implicações mais amplas para o Médio Oriente.
A narrativa começa com a aceitação, por parte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, dos termos do cessar-fogo discutidos com o primeiro-ministro do Qatar e o chefe da inteligência do Egito.
Os detalhes destes termos, cruciais para a compreensão de todo o âmbito do acordo, permanecem envoltos em segredo.
Este cepticismo sublinha a natureza delicada das conversações de paz numa região onde os cessar-fogo anteriores falharam frequentemente.
Passos rumo à estabilidade de Gaza
O cessar-fogo proposto não é apenas uma pausa nos combates, mas um plano estruturado de três fases que visa uma paz duradoura.
Começou com uma trégua de 40 dias, durante a qual 33 reféns regressariam a casa em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
Esta fase inicial prepara o terreno para a retomada das negociações indiretas, destinadas a solidificar uma calma sustentada em Gaza.
As fases subsequentes veriam a libertação de todos os reféns restantes e novas trocas de prisioneiros, culminando na retirada das forças de defesa israelitas de Gaza.
Cada fase baseia-se na anterior, visando uma resolução abrangente que se estenda além do cessar-fogo imediato até à reabilitação da própria Gaza.
A restauração das infra-estruturas em Gaza – estradas, electricidade, água, saneamento e comunicações – arrancaria durante a primeira fase do cessar-fogo.
Esta negociação complexa, embora frágil, tem potencial não apenas para interromper o conflito, mas também para remodelar o futuro da região.
Representa um teste à diplomacia internacional e à resiliência dos acordos forjados sob pressão.
Enquanto o mundo observa, os riscos são elevados e os resultados incertos, mas a busca pela paz continua.