A investida de Costa segue-se a uma mensagem igualmente forte do presidente do Supremo Tribunal

Apenas dois dias desde que ouvi o a investigação contra ele não está de forma alguma sendo acelerada em direção a conclusão rápida ele quer, o ‘primeiro-ministro executivo’ de Portugal, António Costa, foi creditado por lançar “duras críticas contra a Justiça portuguesa”.

A SIC Notícias escreve esta manhã com “Costa admite estar magoado” pelas suspeitas que o ligam às investigações da ‘Operação Influenciador’ – o escândalo que derrubou o seu governo no mês passado.

A verdadeira piada da reportagem da SIC veio na frase: “Costa defende que a justiça deve refletir sobre a forma como torna públicas as investigações sem que haja provas sólidas do prática de crimes”.

‘Estou magoado mas não rancoroso’, disse às estações rivais CNN Portugal/TVI – ao mesmo tempo que sublinha que o que os jornalistas “podem fazer é pergunte a quem fez a declaração (implicando o Sr. Costa) e e aqueles que tomou a decisão de dissolver o parlamentose eles fizessem o mesmo, dado o que sabem hoje….”

Diz a SIC, o primeiro-ministro (que liderou o governo em modo de gestão até às eleições de 10 de março) aproveitou os casos dos ex-ministros do PS Azeredo Lopes e Eduardo Cabrita para criticar o sistema de justiça em Portugal.

“Há duas pessoas de quem sempre me lembro (…). Tentaram “inundar” Azeredo Lopes e Eduardo Cabrita “foi até acusado de homicídio, deve ter sido a única pessoa no mundo que estava no banco de trás e foi acusado”, disse aos seus entrevistadores.

Nenhum dos ministros foi condenado de qualquer forma, mas ao referir-se à natureza injusta do seu tratamento, o Sr. Costa estava claramente a sugerir que sente que foi igualmente maltratado.

“Eu não estou bravo. Se você me perguntar se estou ferido? Eu sou (…). Quem não se sente magoado não é filho de gente boa. Estou na vida pública há muitos anos, praticamente ocupo cargos executivos desde novembro de 1995, quase 30 anos. Ninguém jamais questionou minha integridade, minha honestidade ou se cometi ou não algum tipo de crime. Depois de uma vida inteira, ninguém gosta de ser colocado nesta posição”.

Quanto ao seu futuro na política, tendo admitido anteriormente que era improvável que houvesse umdisse à CNN/TVI: “veremos se ainda dá tempo…”

E esta é a grande questão. No início, quando o nome do PM foi associado à Operação Influencer, todos os apelos eram para que esta ‘dúvida’ quanto ao seu potencial envolvimento fosse dissipada. esclarecido ‘o mais rápido possível’, para não prejudicar as hipóteses do partido PS nas próximas eleições, nem prejudicar as suas próprias aspirações a um novo cargo na cena europeia.

Desde então, porém, tornou-se cada vez mais claro que o “inquérito separado” aberto no Supremo Tribunal seguirá seu cursoapesar da aparente urgência de um esclarecimento completo por trás disso.

O presidente do Supremo Tribunal, Henrique Araújo, disse à SIC no sábado: “o Portugueses terão de esperar pelo fim da investigação que envolve o primeiro-ministro”.

Araújo também “garante que até lá não serão revelados quaisquer detalhes sobre o caso que levou à demissão de António Costa”.

Pressionado por mais comentários, Araújo – que só recentemente lamentou a abordagem frouxa dos políticos no combate à corrupção – disse que estes “terão que esperar. As coisas seguem seu curso normal. A informação solicitada não pode ser do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça. O Ministério Público é responsável pela ação penal, então não posso falar nada (…) não vou falar mais nada.”

A entrevista completa concedida por António Costa à CNN/TVI vai ser transmitida esta noite.

Como sublinharam todos os relatórios sobre a entrevista, José Costa “não tem dúvidas de qual será o fim da história. Sei que não tive nenhum benefício, nenhum benefício indevido, além do salário que recebo”.

Esses não são exatamente os termos da investigação, no entanto. O inquérito é para saber se o primeiro-ministro pode ter ‘negócios facilitados’ por ‘procedimentos de desbloqueio’ no que diz respeito aos minas de lítio em Montalegre e Boticas. DE

Fonte: SIC Notícias/ CNN Portugal/ Lusa

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