POCO X6 vs POCO X5: Xiaomi fez bons avanos em celular intermedirio? | Comparativo

O POCO X6 chegou como uma opção de intermediário que aposta em uma série de recursos premium como fator atrativo. Mas será que as novidades apresentadas por ele o tornam uma alternativa melhor que o seu antecessor, POCO X5?

Neste confronto entre gerações de smartphones da Xiaomi, é mais vantajoso investir no modelo novo, ou o antigo ainda vale a compra? Você vai saber a resposta em detalhes agora, no Comparativo do TudoCelular.

De um ano para o outro, a chinesa alterou parcialmente o visual. O que há do mesmo se trata do bloco preto gigante ao redor das câmeras, com o logo da marca logo ao lado. Só que o acabamento fosco e as bordas curvas do mais antigo deram espaço para uma pintura brilhante e lados totalmente planos no celular recente.

De toda a forma, ambos são construídos de plástico tanto nas laterais quanto na traseira. A certificação IP53 de resistência contra poeira e respingos do X5 evoluiu para uma IP54 no X6, que garante melhor proteção contra água. O dispositivo mais novo também está mais compacto e leve que o antecessor.

Tanto um quanto o outro possuem um notch no layout de furo centralizado e trazem um emissor de infravermelho, para usar o aparelho como controle remoto da sua TV. O POCO de 2024 vem com leitor de impressões digitais sob a tela, um avanço em relação sensor biométrico integrado ao botão de energia do POCO de 2023.

Apenas o X5 contém um slot para cartão microSD, por meio da sua gaveta híbrida. Ou seja, nada de expansão de armazenamento no sucessor. Em conectividade, temos nos dois Wi-Fi de quinta geração e NFC, para pagamentos por aproximação. Já o Bluetooth 5.1 do antigo evoluiu para a versão 5.2 no recente.

Com mais avanços que regressos no design, o POCO X6 abre o placar.

Ambos os smartphones contam com uma tela AMOLED de 6,67 polegadas, que garante amplo ângulo de visão ao usuário. O display deles fornece uma taxa de atualização de 120 Hz, para alta fluidez nas animações do sistema e nos games compatíveis.

Mas há uma série de mudanças de um para o outro. O painel do X6 suporta HDR10+ e Dolby Vision, ausentes na geração passada, e aumentou a resolução de Full HD+ do X5 para 1220p. Portanto, você terá uma definição de imagens superior no POCO mais novo.

Sem falar na capacidade do modelo de 2024 de reproduzir 68 bilhões de cores e no aumento do nível de brilho, o que o torna melhor que o X5 na visibilidade em dias ensolarados. A proteção contra arranhões também foi aprimorada e evoluiu do Gorilla Glass 3 para a edição Victus.

É ponto para o POCO X6.

A Xiaomi decidiu apostar na parte de áudio na nova geração e inseriu um sistema estéreo no X6, com direito a três alto-falantes e equalizador completo com suporte a Dolby Atmos. Bem diferente do som mono presente no X5, que acaba comprometendo a imersão do usuário.

Como resultado, temos uma potência sonora superior no POCO de 2024. Este também oferece a melhor qualidade da dupla, graças ao maior equilíbrio entre graves, médios e agudos. Ao menos, ambos possuem um conector físico para fones de ouvido, ainda que o acessório não venha dentro da embalagem.

Este é um ponto fácil para o modelo recente.

O POCO X6 sai da caixa com o Android 13 de forma nativa, uma à frente da versão 12 que vem de fábrica no X5. Como a Xiaomi promete até três atualizações do “robozinho” e quatro anos de updates de segurança no mais novo, ele certamente terá uma longevidade bastante superior ao antecessor.

A fluidez não será um problema para estes aparelhos, já que ela é impulsionada pela taxa de 120 Hz. Da mesma forma, a tecnologia 5G também garante nos dois uma rede móvel sempre veloz.

Partindo para os recursos, ambos entregam as funcionalidades já conhecidas da chinesa para o usuário, como o Always-on Display e as várias opções de customização. Um diferencial do recente é o sensor de batimentos cardíacos integrado ao leitor biométrico, para você acompanhar a sua saúde.

O POCO de 2024 anota mais um ponto.

O X6 vem equipado com o Snapdragon 7s Gen 2 e 8 GB de RAM. Do outro lado, está o Snapdragon 695 e 6 GB de memória no X5. Será que dá a lógica para o mais novo em desempenho? Não foi isso que vimos nos nossos testes. Mesmo com um hardware mais fraco, é o POCO antigo que se mostrou mais rápido para abrir os apps e segurar em segundo plano.

O cenário que vimos na prática é diferente do que mostram os benchmarks. O celular recente venceu com facilidade no AnTuTu, ao registrar quase o dobro da pontuação do antecessor. Ao menos, os jogos mais pesados podem ser rodados com qualidade alta e extras ativados nestes dispositivos.

Como o multitarefas tem maior peso aqui, o POCO X5 leva o ponto.

O X6 é alimentado por uma bateria de 5.100 mAh, ligeiramente maior que a de 5.000 mAh do X5. Mas o aumento da capacidade não significa uma autonomia superior. Os nossos testes padronizados indicaram uma vantagem de duas horas para o POCO de 2023, que registrou mais de 31 horas no total.

Ao passarmos para a recarga, vemos a situação se inverter. A Xiaomi dobrou a potência do adaptador de tomada de uma geração para a outra, e o mais novo tem um acessório de 67 W, que permite chegar nos 100% em menos de uma hora. Já o antecessor demora quase meia-hora a mais para completar o processo, com seu carregador de 33 W.

O X5 pontua pela maior duração; e o X6 marca pelo carregamento mais rápido.

O conjunto fotográfico deles é formado por três câmeras. A principal de 48 MP do POCO antigo evoluiu para uma de 64 MP no modelo recente. Já a ultrawide de 8 MP e a macro de 2 MP seguem as mesmas de um para o outro.

Na prática, o X6 consegue registrar mais detalhes e sofrer menos com ruídos, com seu sensor mais avançado. A faixa dinâmica melhorou, assim como a eficiência do HDR. O smartphone de 2024 também não apresenta tanta queda na nitidez em imagens noturnas como o seu antecessor.

A ultrawide da dupla fica mais limitada na qualidade das fotos. Enquanto o POCO mais novo tira fotos mais escuras aqui, o de 2023 registra ruídos excessivos. Já a macro dos dois peca pela baixa resolução e pelo foco fixo.

O POCO X6 fica com o ponto.

Somente a filmadora do X6 suporta vídeos em 4K a 30 fps ou Full HD a 60 fps. Já a do X5 se limita a gravar em Full HD a 30 fps. O POCO recente ainda aprimorou outras características que o antecessor não tinha, como um sistema de estabilização para lidar com os tremidos, um foco mais ágil e uma captura de som de melhor qualidade.

É mais um ponto para o POCO X6.

A câmera frontal dos dois se destaca por fazer boas selfies diurnas. Mas não pense que a resolução maior do X6 se traduz em melhor qualidade no geral. O X5 consegue um modo retrato com menos falhas visíveis que o sucessor, além de texturas de melhor qualidade em selfies noturnas. Já as filmagens de frente deles não passam de Full HD.

O POCO mais antigo pontua aqui.

A Xiaomi lançou estes dois smartphones no Brasil de maneira oficial, pelo mesmo preço sugerido de R$ 2.900. No mercado atual, por estar mais tempo disponível, é o POCO X5 que aparece a um custo inferior, na faixa de R$ 1.300. Pouco mais de R$ 400 de economia em relação ao POCO X6.

Desta forma, o X5 fecha o duelo com o último ponto.

No confronto entre gerações de intermediários da Xiaomi, vimos uma evolução consistente de um ano para o outro. O POCO X6 melhorou o design na resistência e no corpo mais compacto e leve; tem uma tela com brilho superior e mais cores; oferece maior longevidade do sistema; e carrega mais rápido. O conjunto de câmeras traseiras dele também leva a melhor tanto nas fotos quanto nos vídeos.

Mas o POCO X5 não chega a decepcionar. Ele ainda fornece o melhor desempenho multitarefas, a maior autonomia de bateria e as selfies com melhor modo retrato e texturas à noite. Sem falar no fato de este celular ainda ser encontrado mais barato no varejo nacional. Resta a você colocar na balança se prefere economizar ou se vale a pena investir mais no modelo recente, para ter outros benefícios.

RESULTADO

POCO X6: 7 PONTOS

• Design mais resistente, compacto e leve
• Tela com melhores cores, mais brilho e suporte a HDR10 e Dolby Vision
• Som estéreo
• Sistema com maior longevidade e melhores recursos
• Bateria com menor tempo de carregamento
• Câmeras traseiras com sensor principal mais avançado
• Vídeos em 4K, com estabilização e foco ágil

POCO X5: 4 PONTOS

• Melhor desempenho multitarefas
• Bateria com maior autonomia
• Câmera frontal com melhor modo retrato e mais nitidez à noite
• Menor preço no mercado brasileiro atual

Você acha que houve avanços relevantes do X5 para o X6? Qual deles tem qualidades que mais te agradam? Compraria o mais novo ou ficaria satisfeito com o antigo? Comente tudo aí no espaço abaixo.

(atualizado em 10 de maro de 2024, s 20:24)