O presidente do Supremo Tribunal, Luís Roberto Barroso, emitiu na segunda-feira uma declaração pública com uma referência velada à decisão do ministro Alexandre de Moraes de incluir o bilionário Elon Musk em uma investigação em andamento sobre obstrução da justiça, incitação à prática de crimes e “exploração criminosa”. ”do X, a plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, que Musk comprou em 2022.

A declaração não cita o nome de X ou do Sr. Musk.

“O desafio contra a prevalência da democracia continua a manifestar-se na exploração criminosa das redes sociais”, escreveu o Presidente do Supremo Tribunal Barroso.

“O Supremo Tribunal atuou e continuará a atuar na proteção das instituições”, acrescentou. “Todas as empresas que operam no Brasil estão sujeitas à Constituição, à lei e às decisões das autoridades brasileiras.”

O comunicado acrescenta que “ocorreu recentemente no Brasil uma luta de vida ou morte pelo Estado Democrático de Direito e contra um golpe de Estado”, numa referência aos motins de 8 de Janeiro e às investigações em curso sobre um golpe liderado por ex- presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, depois de perder a reeleição no final de 2022.

Bolsonaro convocou apoiadores para uma manifestação em 21 de abril no Rio de Janeiro, e a luta pública entre o Supremo Tribunal e Elon Musk tornou-se um importante ponto de encontro. Os apoiadores pró-Bolsonaro há muito veem Musk como um aliado e comemoram sua decisão de comprar o Twitter.

Como O Relatório Brasileiro mostrou, um grupo de legisladores pró-Bolsonaro lançou uma campanha internacional para retratar o Brasil como uma ditadura sem liberdade de expressão e as investigações contra o ex-presidente como uma caça às bruxas política. O ministro Moraes é o alvo principal desta missão.

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