Os investimentos serão iguais a todas as 5 unidades federais do Brasil, que hoje são cercadas por alambrado

Vista aérea do Presídio Federal de Campo Grande. (Foto: Divulgação)

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, garantiu que todos os presídios federais brasileiros vão ganhar investimentos em segurança e estrutura, o que deve envolver a construção de muralhas. Hoje, essas unidades estão cercadas por alambrados.

Oficialmente, no entanto, ainda não há recursos para isso. A informação é que “o governo pretende ainda viabilizar, por meio do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), a construção de muralhas em todas” as 5 unidades prisionais sob responsabilidade da União.

O anúncio ocorre um dia depois da fuga de dois presos da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Eles escaparam fazendo furo no teto da cela, o que teoricamente é individual. Foi a primeira ocorrência do tipo em uma unidade considerada com regime severo de controle de presos.

Também serão nomeados 80 policiais penais federais aprovados em concurso público, com parte desse contingente deslocado para Mossoró.

Em Campo Grande, no ano passado, foi aberta licitação para obra aparentemente, mas de construção de “supermuro” entre duas alas do Presídio Federal. Orçado em R$ 724,9 mil, o projeto foi desenhado para dividir os setores e criar condições para que duas turmas pudessem aproveitar o banho de sol no mesmo local.

A fuga em Mossoró revelou várias deficiências no sistema. Um dos pontos foi a falha no monitoramento. Os presos escaparam do bloco penal sem serem vistos, porque as câmeras não têm sensores que captam movimento. Por isso, a promessa é de modernizar esses equipamentos.

Os textos das celas também não têm camada de concreto, para evitar que os detentos quebrem. Por isso, o ministro informa que serão permitidas reformas, mas ainda não informou o valor necessário para isso.

Lewandowiski garantiu que já começou estudo para aperfeiçoamento do controle de acesso ao interior dos presídios, com sistema de reconhecimento facial para presos, visitantes e administradores.

A Penitenciária Federal de Campo Grande foi inaugurada há 18 anos e nunca registrou fuga. Com 208 vagas, já abrigaram Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e o narcotraficante Juan Carlo Abadia. Hoje, um dos internos é Adélio Bispo, preso por tentar matar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

Também aqui estão dois acusados ​​de assassinatos do jornalista Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira e suspeitos de comandar ataques no Rio Grande do Norte, que ocorrerão em março de 2023

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