Pelo menos 20 bandidos das facções PCC e Clã Rotela foram levados de madrugada do presídio de Pedro Juan

Presos de facções sendo retirados de presídio de Pedro Juan, hoje de madrugada (Foto: Marciano Candia)

Pelo menos 20 presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) e do Clã Rotela foram transferidos na madrugada desta quinta-feira (25) da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia separada por uma avenida de Ponta Porã (MS).

A transferência é para evitar novos confrontos sangrentos entre integrantes das duas facções, como o ocorrido na tarde de ontem que deixou quatro mortos e três feridos.

O comissário Ignacio Muñoz, diretor da Polícia Nacional no departamento de Amambay, informou que os presos foram levados para presídios de maior segurança. Segundo a imprensa paraguaia, os 15 membros do PCC foram levados para o presídio de Concepción e 5 da Clã Rotela foram transferidos para a penitenciária de Coronel Oviedo.

Após o confronto com troca de tiros entre as facções rivais, equipes da polícia e da FTC (Força-Tarefa Conjunta) – grupo de elite das Forças Armadas do Paraguai – entraram no presídio e apreenderam uma pistola 9 milímetros, pelo menos 300 facas artesanais, droga e até explosivos. Entretanto, segundos funcionários da penitenciária, existem outros em poder dos presos.

Morreram na troca de tiros Pedro Javier Cabañas Florenciano, indicado como membro do PCC, e três integrantes do Clã Rotela: Jonathan David Melida, o “Ciudad”, Ignacio Barrios, o “Toto’i”, e Oscar David Giménez.

Dos três feridos, apenas dois tiveram os nomes divulgados: o paraguaio Roque Andrés Giménez Benítez e o brasileiro Edson Figueredo Medina. Com ferimentos leves, os dois foram atendidos no hospital da cidade e levados de volta ao presídio. O terceiro, com tiro na barriga, permanece internado.

Portão aberto – O confronto entre os grupos rivais durou pelo menos duas horas. Segundo jornais paraguaios, o portão que separa os pavilhões onde ficam presos das duas facções teriam sido deixados abertos, permitindo que os presos do PCC – maioria no presídio – invadissem as celas de membros do Clã Rotela para massacrá-los.

Houve troca de tiros e brigas com uso de facas artesanais. Três caíram mortos do lado dos Rotela e um do PCC. Com celular, outros presos gravaram vídeos mostrando companheiros mortos e feridos em meio a poças de sangue. Quando policiais e militares entraram no presídio encontraram os corpos e muita destruição.

A Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero tem vaga para 920 internos, mas atualmente abriga pelo menos 1.360, a maioria ligada à facção brasileira. O Clã Rotela é o principal rival do PCC no Paraguai. É liderado por Armando Javier Rotela e tem pelo menos sete mil integrantes.

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