O Brasil se aproxima de um novo ciclo eleitoral. Em Outubro, os eleitores escolherão novos presidentes de câmara e vereadores para os 5.570 municípios do país. No entanto, autoridades, vários partidos e observadores políticos emitiram um aviso severo: o aumento da desinformação, especialmente com o aumento da inteligência artificial, representa uma ameaça significativa e imediata à integridade das eleições e ao próprio tecido da democracia.

Os legisladores, no entanto, parecem indiferentes a estas preocupações. O Congresso permanece num impasse sobre como responsabilizar as plataformas digitais pelo conteúdo que hospedam e promovem.

A Câmara parecia preparada para votar o chamado “Projeto de Lei de Notícias Falsas” no ano passado. Aprovado originalmente em 2020 no Senado, o projeto está paralisado na Câmara devido aos esforços de parlamentares conservadores e do lobby das empresas de tecnologia.

Sua última minuta, do deputado esquerdista Orlando Silva, propunha responsabilizar as plataformas por danos causados ​​por conteúdo de terceiros caso fossem pagas para aumentar o alcance da postagem em questão. Mas o presidente da Câmara, Arthur Lira, devolveu a proposta à estaca zero, anulando qualquer esforço regulatório.

Entretanto, os tribunais eleitorais e o governo federal tentaram preencher essa lacuna estabelecendo salvaguardas legais contra as campanhas maliciosas de desinformação que inundam o discurso público, que corroem a confiança na democracia, polarizam os eleitores e distorcem a percepção da realidade.

No entanto, os especialistas alertam que algumas das soluções que estão a ser concebidas podem inadvertidamente agravar o problema – ou mesmo gerar novos.

Um exemplo é o esforço do Gabinete do Procurador-Geral para prosseguir ativamente a remoção de conteúdo…

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