Pós-COVID-19, o Brasil enfrenta uma crise significativa de saúde mental, conforme relatado pelo Global Mind Project.

O seu extenso inquérito a 420.000 pessoas em 71 países revela uma estagnação preocupante na saúde mental.

De forma alarmante, 34% dos brasileiros, principalmente com menos de 35 anos, relatam sofrimento, uma classificação baixa globalmente.

Em contraste, países como a República Dominicana, o Sri Lanka e a Tanzânia apresentam pontuações mais elevadas de bem-estar mental.

Além disso, pesquisas realizadas com mais de 230 mil pacientes, principalmente americanos, mostram que um em cada três sobreviventes da COVID-19 desenvolve distúrbios neurológicos ou psiquiátricos em seis meses.

A ansiedade e os transtornos de humor afetam 17% e 14% desses indivíduos, sugerindo um impacto pandêmico prolongado, espelhado no Brasil.

Ressurgindo das sombras: o despertar urgente da saúde mental no Brasil. (Foto reprodução na Internet)

A mudança para o trabalho remoto e a maior utilização digital complicam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, possivelmente alargando o horário de trabalho e aumentando o isolamento.

O elevado envolvimento do Brasil nas redes sociais complica ainda mais a saúde mental, fomentando expectativas irrealistas e inveja.

Além disso, a crescente polarização política no Brasil leva à fragmentação social, minando os laços comunitários cruciais para o bem-estar mental.

Ressurgindo das sombras: o despertar urgente da saúde mental no Brasil

A instabilidade económica e as questões ambientais como a desflorestação também agravam os desafios de saúde mental.

A dinâmica familiar e as pressões culturais influenciam significativamente a saúde mental, agindo como amortecedores ou agravadores.

É importante ressaltar que a acessibilidade e a qualidade dos serviços de saúde mental são áreas cruciais que necessitam de melhoria imediata.

É essencial reconhecer os fatores complexos que moldam o cenário da saúde mental no Brasil. Esta compreensão é vital não só para a recuperação individual, mas também para a resiliência social.

À medida que o Brasil e o mundo pretendem superar os efeitos da pandemia, priorizar o bem-estar mental é crucial para um retorno mais saudável à normalidade.

Este esforço global é fundamental para mitigar os impactos a longo prazo da COVID-19 na saúde mental, enfatizando a necessidade de estratégias eficazes e sistemas de apoio fortes para construir uma sociedade resiliente.

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