Mãe solteira, Lidiane recebeu diagnóstico de espectro altista de uma das filhas e jornada se intensificou

Lidiane de mão dada com a filha mais nova. (Foto: Henrique Kawaminami)

Diariamente, Lidiane Thais de Souza Soares reúne os pães doces e salgados para vender nas ruas da Vila Margarida. É graças a eles que conseguem se manter na batalha de sustentar os três filhos. “Se a gente não vende pão, como a gente vive?”, resume.

Exemplo de cenas que continuam sendo comuns no cotidiano brasileiro, a mãe conta que encontrou sua saída com as vendas, mas ainda assim não é suficiente. Há pouco mais de dois anos, ela recebeu o diagnóstico de que a filha mais nova, de três anos de idade, está no espectro autista e a jornada se intensificou.

“Eu tenho um menino mais velho, uma de cinco anos e outra de três, aí preciso levá-los comigo. O problema é que a gente ainda não encontrou o tratamento certo para a mais nova, então ela tem muitas crises”, narra Lidiane.

Morando nos fundos de uma casa, a vida ainda é dificultada pela falta de geladeira para guardar os medicamentos da mais nova. “A moça que mora na frente me ajuda e aí guarda o que preciso na geladeira dela, mas seria melhor se eu tivesse a minha”.

Sobre sua história, Lidiane narra que ela mesma faz tratamento para sua saúde e que, precisando cuidar das crianças, acaba deixando suas necessidades em segundo plano.

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Tenho uma doença que envolve os ossos e preciso fazer infusão. Até nessas horas é difícil porque não posso levar as meninas, principalmente a menor porque não consigo fazer a infusão e ajudar ela se estiver em crise, relata a mãe.

E, precisando pensar em si e nas crianças, a mãe detalha que a luta da vez é para conseguir o diagnóstico adequado para uma filha de três anos. Apesar de estar fazendo acompanhamento médico, a solução indicada ainda não está cumprindo totalmente com seu papel.

Outro ponto é que até mesmo com a falta de fraldas a família tem sofrido. “A alimentação dela é diferente, então o dinheiro que você conseguiu também vai para isso. O remédio que ela toma ainda não conseguiu pelo SUSpreciso comprar, fica bem difícil”.

Unindo todos esses pontos, a caminhada pelas ruas com os pães é a esperança de momentos melhores. Todos os dias, ela adquire os produtos e tenta garantir a renda.

Mesmo assim, Lidiane comenta que toda ajuda é bem vinda, seja comprando os pães ou fazendo doações de fraldas, alimentos e auxílio com médicos.

Para entrar em contato com a mãe e adquirir os pães, que custam R$ 15, o contato é )67) 99145-8225.

Confira a galeria de imagens:

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