À medida que as tensões entre os EUA e a China aumentam, os bancos de Singapura e da Suíça avançam estrategicamente em Hong Kong.
As principais instituições estão a expandir-se, atraindo clientes que procuram estabilidade longe dos bancos americanos afetados por questões geopolíticas.
Este crescimento atrai grandes bancos e a riqueza de bilionários como Ray Dalio e Ken Griffin, reforçando a sua reputação como a “Suíça da Ásia”.
No meio destas mudanças, o número de empresas norte-americanas com sede regional em Hong Kong caiu drasticamente desde 2020.
Em contraste, os bancos de Singapura e da Suíça estão a demonstrar uma resiliência e um crescimento notáveis. O Banco de Singapura, por exemplo, tem como meta um aumento de 50% nos activos sob gestão até 2026.
A DBS abriu um novo centro de gestão de fortunas no centro de Hong Kong, com foco nos indivíduos ricos da cidade e da China continental.
Os bancos suíços também procuram ativamente novos clientes, apesar de desafios como as perdas financeiras significativas decorrentes da crise das obrigações do Credit Suisse.
A Evolução Financeira da Ásia
Entretanto, o Citibank reporta um aumento de 118% na abertura de novas contas de clientes não locais no início de 2024, indicando o interesse contínuo dos investidores chineses.
Isto demonstra um ambiente dinâmico onde as instituições financeiras adaptam as suas estratégias às mudanças nas condições do mercado e nas necessidades dos clientes.
Singapura aumenta o seu apelo como paraíso financeiro com fortes estruturas jurídicas e incentivos fiscais. Estes atraem fundos de hedge, capital de risco e empresas de private equity.
Apesar dos escândalos recentes terem manchado ligeiramente a sua reputação, Singapura está a consolidar o seu papel como canal financeiro seguro e eficiente entre o Oriente e o Ocidente.
Está a rivalizar cada vez mais com Hong Kong como principal centro financeiro da região.
Esta mudança estratégica no panorama dos serviços financeiros da Ásia destaca a forma como os bancos de Singapura e da Suíça navegam eficazmente nas incertezas geopolíticas.
Garantem o seu crescimento e relevância num contexto económico e político em rápida mudança.