Além dos servidores administrativos, professores da UFMS irão participar da greve no dia 1 de maio

Faixa avisa sobre greve no IFMS de Campo Grande (Foto: Clara Farias/Arquivo)

Sem acordo com o Governo Federal, os servidores administrativos e professores do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), bem como os funcionários administrativos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), entrouão na quarta semana de greve em busca de melhores atualizações e plano de carreira. A greve começou no dia 3 de abril.

Segundo comunicado do comando de greve do IFMS, publicado nesta sexta-feira (26), a greve continua parcial tanto em Campo Grande como nos campi do interior. No campus da Capital, entre 29 de abril e 3 de maio, serão totalmente suspensas as aulas dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, Engenharia Elétrica, Tecnologia em Sistemas para Internet, especializações, cursos de idiomas vinculados ao Cenid (Centro de Idiomas), do 3º semestre do técnico subsequente em Manutenção e Suporte, e do 1º semestre do técnico subsequente em Logística.

As atividades letivas do Programa de Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica também permanecem suspensas, exceto as orientações e programas de bancas de qualificação e defesa.

Por outro lado, os demais cursos do campus da Capital continuam com as atividades mantidas, assim como as atividades administrativas essenciais e os projetos de ensino, pesquisa e extensão. As demais atividades administrativas estão parcialmente suspensas.

O Sista/MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Mato Grosso do Sul), entidade representativa dos servidores administrativos da UFMSanunciou que, em assembleia realizada na terça-feira, dia 23, foi decidido que a greve continuará por tempo indeterminado.

Além disso, os professores universitários da UFMS também aderirão à greve a partir do dia 1º de maio. A decisão foi tomada em assembleia geral, na terça-feira (23), com 150 votos expressos contra 52 contrários, além de duas abstenções.

Entretanto, os serviços do HU (Hospital Universitário) e RU (Restaurante Universitário) não irão paralisar. “Sobre os serviços essenciais, vamos fazer uma discussão do comando de greve no dia 29 e vamos tirar um cronograma de como os serviços essenciais vão estar funcionando, de acordo com a legislação”, explica Mariuza.

Negociações – De acordo com o comando de greve do IFMS, a última rodada de negociações com o Governo Federal ocorreu no dia 19 de abril e foi apresentada aos trabalhadores durante esta semana.

No entanto, o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), entidade representativa dos trabalhadores em Educação Federal do IFMS e Colégio Militar de Campo Grande, rejeitaram por unanimidade as propostas em uma assembleia extraordinária realizada ontem (25).

Os servidores da UFMS também tivemos uma rodada de negociações no dia 19 de abril. Embora o Governo tenha apresentado propostas de reajuste, estas, de acordo com o Sista-MS, ficaram aquém das expectativas dos servidores. Conforme as propostas governamentais, o reajuste seria de 0% para o ano de 2024, 9% para 2025 e 3,5% para 2026.

“Tínhamos pedido 10,3% para 2024, 10,3% para 2025 e 10,3% para 2026. Por isso que optamos por não encerrar a greve e mantivemos nossa posição quanto aos reajustes”, explica o membro do Comando Local de Greve dos servidores da UFMSLuiz Felipe Praça Vargas.

Reivindicações – Os grevistas da UFMS e IFMS juntam-se ao movimento nacional, exigindo principalmente a restrição das carreiras no serviço público e a recomposição dos trabalhadores não reajustados há 10 anos, conforme relatado pelo assistente administrativo da UFMS e coordenador do Sista/MS, Lucival Alves dos Santos, ao Notícias Campo Grande.

“Nossa recomposição salarial já está defasada em mais de 30%. Fizemos a proposta e a enviamos ao Governo Federal, mas até agora não recebemos resposta”, Lucival, à reportagem reportagemdurante protesto na Praça do Rádio, no dia 3 de abril.

Já Shirley Araújo, técnica administrativa do IFMS e presidente do Sinasefe/MS (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), explica que a reivindicação é uma recomposição salarial de pelo menos 10% em 2024, 10% em 2025 e 10% em 2026. Ela argumenta última que houve muitos cortes ao longo da década e que o que o Governo Federal ofereceu aos servidores no período é irrisório.

No caso dos professores da UFMS, a reivindicação é uma recomposição salarial, ou seja, a correção dos cronogramas de acordo com a inflação. Embora a legislação preveja essa correção anual, ela não ocorre desde 2017, o que resultará em uma perda salarial de aproximadamente 40%. Em 2023, foi concedido um reajuste emergencial de 9%.

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