Luis Gustavo Bello Nunes tem 19 anos, quer ser aprovado em Medicina e é de Campo Grande

Luis Gustavo no cantinho de estudos, em casa (Foto: Arquivo pessoal)

A Matemática segue impopular. Faz até suar quem não se dá bem com as ciências exatas. Mas para Luis Gustavo Bello Nunes, 19 anos, de Campo Grande, ela foi área de destaque no desempenho do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

A nota dele foi 958,6 na matéria. É a nota máxima alcançada em todo o Brasil por quem fez o exame no ano passado. Os resultados saíram ontem (16).

A sensação é que vale a pena a dedicação. “Fiquei muito feliz e satisfeito, pois atestei o esforço e a luta que tive durante todo o ano. Me estimula nos estudos e indica que estou no caminho certo”, disse. Ele estudou há quatro anos para passar no curso de Medicina.

Sua nota na redação do Enem também foi ótima: 920. Ele chegou muito perto de 1.000, a pontuação máxima. Em Mato Grosso do Sul, ninguém atingiu esse teto. Apenas 60 estudantes conseguiram o feito no país.

Agora é esperar as próximas etapas do certo para saber se conseguirá entrar no curso sonhado.

Além de gostar, se dedicar – Essa é a fórmula indicada por Luis. Ele, que tem uma camada de matemática desde criança, diz que só gosta de alguma área do conhecimento não garante sucesso na prova.

“Matemática sempre foi meu forte desde pequeno, mas claro que sem dedicação apenas o gosto pela matéria não seria suficiente”, afirma.

Professor Elias Daniel, que deu aulas particulares, também ficou feliz (Foto: Clara Farias)
Professor Elias Daniel, que deu aulas particulares, também ficou feliz (Foto: Clara Farias)

Ó estudante fez cursinho e contorno com as aulas do professor de Matemática, também de Campo Grande, Elias Daniel. A alegria da nota máxima foi compartilhada pelos dois.

Hiperfoco e disciplina foram os dois principais aliados de Luis para alcançar resultados tão bons em Matemática, avalia Elias.

No geral, o professor vê que a dificuldade na matéria tem a ver com modelos de ensino seguidos nas escolas e com uma particularidade da própria área, que é ter conhecimentos abstratos, difíceis de serem pensados ​​na prática.

“São conhecimentos que, às vezes, a gente tem que entender e aprender em fases da vida em que não temos tanta capacidade de abstração, como na adolescência. Então, é uma dificuldade natural que existe, não só de estudantes aqui de Campo Grande, mas de estudantes no nível nacional”, diz.

Elias também dá dica para quem quer melhorar em Matemática. “Os alunos têm que buscar desenvolver um controle emocional e resolver muitas provas anteriores, porque o Enem é uma prova de resistência, além de testar conhecimento”, começa.

Aplicar a Matemática em situações práticas e cotidianas é o caminho para se dar bem com ela, indica o professor. E acrescenta que resolver exercícios é a “técnica milenar e mais indicada” para estudá-la.

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