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Stellantis, uma grande empresa automobilística proprietária de marcas como Jeep e Fiat, opõe-se corajosamente às novas tarifas da UE sobre veículos elétricos fabricados na China.
O CEO da empresa, Carlos Tavares, condenou publicamente a decisão da UE de implementar novas tarifas de até 38,1% a partir de julho.
Esta medida poderá desencadear uma retaliação por parte de Pequim e afectar os automóveis europeus fabricados na China, intensificando um conflito comercial em formação.
A questão surge dos fortes laços económicos da indústria automóvel europeia com a China, onde ocorre quase um terço das vendas dos fabricantes de automóveis alemães.
Estes fabricantes enfrentam agora riscos significativos à medida que as tensões aumentam.
Tavares enfatizou a estratégia focada nas exportações da Stellantis, defendendo a agilidade competitiva em vez de tarifas protecionistas.
Tavares transmitiu esta estratégia com convicção numa reunião de investidores: “Optamos por avançar e não esperar passivamente pela proteção.
Acreditar na autossuficiência promove uma vantagem competitiva duradoura. Nosso objetivo é nos destacarmos na qualidade, diversidade e acessibilidade dos produtos, afirmando nosso status como um player global.”
Numa parceria estratégica que visa consolidar a sua presença global, a Stellantis adquiriu uma participação de 21% na Leapmotor, um fabricante de automóveis chinês.
Detendo o controle de 51% da joint venture, a Stellantis planeja usar esta aliança para distribuir e produzir veículos Leapmotor internacionalmente.
Até o final do ano, eles preveem exportar dois modelos de veículos elétricos da China.
Stellantis desafia tarifas da UE sobre a China para manter vantagem no mercado
As novas tarifas da UE, além de um direito de importação de 10%, poderiam totalizar 48% sobre alguns veículos eléctricos chineses.
Estes direitos respondem aos subsídios chineses que permitem à sua indústria automóvel reduzir os preços globais, criando condições de concorrência desiguais.
Isto destaca um momento crucial para o setor automóvel, equilibrando o protecionismo e a dinâmica do mercado global.
A estratégia da Stellantis nesta turbulência poderá redefinir a resiliência e a competitividade na indústria em evolução.