Os bolivianos experimentaram uma sensação de déjà vu na quarta-feira, quando as contas do presidente Luis Arce nas redes sociais denunciaram “movimentos irregulares” de várias unidades do Exército.

Menos de cinco anos depois de altos oficiais militares terem expulsado o ex-presidente Evo Morales do cargo, o general Juan José Zúñiga – que era o comandante das Forças Armadas do país até terça-feira – liderou tropas para entrar à força no palácio presidencial. O General Zúñiga prometeu “reestruturar a democracia” na Bolívia e afirmou ter o apoio das forças policiais.

O senhor Arce confrontou o general Zúñiga na porta do palácio presidencial e ordenou que os militares voltassem aos seus quartéis.

Em três horas, a aparente tentativa de golpe foi anulada e o general Zúñiga – juntamente com alguns dos seus co-conspiradores – foi preso, revelando que o golpe tinha pouco apoio. No entanto, o general alegou, sem provas, que a sua incursão tinha sido ordenada pelo próprio presidente — numa operação de bandeira falsa para aumentar a sua popularidade.

bolívia O general Juan José Zúñiga foi preso após conduzir tropas ao palácio presidencial.  Foto: EFE
O general Juan José Zúñiga foi preso após conduzir tropas ao palácio presidencial. Foto: EFE

Membros do governo boliviano responderam dizendo que o Gen. Zúñiga havia perdido toda a credibilidade. “Eles estavam tentando ganhar apoio popular e o apoio do povo boliviano”, disse Eduardo del Castillo, o ministro do governo. “Mas o povo da Bolívia não quer mais aventuras de golpe.”

A tentativa de golpe deve ser entendida…

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