Lançado em 2020, The Last of Us Part II chegou como um dos exclusivos mais aguardados do PlayStation, mas com uma missão difícil: ser a sequência de um título aclamado pela crítica especializada e com uma base fiel de fãs.

Extraindo o potencial máximo do PlayStation 4, o jogo entregue mais do que esperado e faturou o prêmio máximo de “Jogo do Ano” no The Game Awards de 2020. Além disso, se tornou um dos jogos mais premiados da história, ao lado do The Game Witcher 3: Wild Hunt e Elden Ring.

Após o remake do primeiro de Last of Us e adaptação de sucesso da HBO, a franquia volta aos holofotes logo no início de 2024 com The Last of Us Part II Remastered. Será que a obra oferece algo novo ou não vale seu tempo caso tenha jogado o original? Confira agora em nossa análise!









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A vingana nunca plena



O primeiro jogo traz Joel em um mundo devastado por uma pandemia causada por um fungo. Ele aceita a missão perigosa de atravessar os Estados Unidos com Ellie, uma adolescente Ellie de 14 anos e ao longo da jornada, uma bela relação entre eles é construída, com o protagonista assumindo o papel de figura paterna da menina.

Agora, a sequência é centrada em Ellie, que possui 19 anos e mora na comunidade de Wyoming com Joel, que ficou mais superprotetor do que nunca. Essa postura de “paizão” gera conflitos com o protagonista, enquanto ela forma amizades e desenvolve uma relação romântica com outra sobrevivente, Dina.

Durante a aventura do primeiro jogo, Joel toma diversas decisões polêmicas e controversas para garantir a sobrevivência de ambos. Entretanto, uma delas gera consequências desastrosas, mesmo cinco anos depois.

Por mais que o jogo tenha sido lançado em 2020, eu não vou entrar em detalhes sobre os acontecimentos para preservar a experiência daqueles que não o jogaram. Caso você tenha acompanhado o título na época, saberá exatamente o que estou falando.

Com dito anteriormente pelo diretor Neil Druckmann, The Last of Us Part II traz uma história sobre ódio. Porém, a grande sacada é que entre polêmicas e brutalidades, a trama brinca com os papéis dos envolvidos, ao ponto que você receberá a questionar quem é o verdadeiro vilão da história – se é que existe essa figura aqui.

Na primeira metade da trama, você se sentirá jogando uma versão aprimorada do primeiro The Last of Us, trazendo aquela experiência excelente de ação e aventura com infectados e outras ameaças, além de cenas chocantes e pesadas.

É bom citar que pessoas sensíveis à violência ficarão desconfortáveis ​​com alguns acontecimentos. Aqui, há mutilações, assassinatos e outras ocorrências brutais, boa parte delas realizadas pelo próprio jogador, enquanto nem os mesmos animais são perdoados.

Para um jogo linear, a cidade de Seattle é grande e conta com diversas áreas exploráveis ​​que escondem itens úteis e situações perigosas que irão exigir abordagens inteligentes. Aqui, você acabará no meio de uma guerra entre duas facções: os paramilitares da WLF e a seita religiosa dos Serafitas.

Em narrativa e jogabilidade, The Last of Us Part II Remastered é idêntico ao jogo lançado em 2020. Isto significa que ele traz uma experiência fantástica e aprimorada em relação ao primeiro jogo, com destaque para a exploração, entrega excelente, combate brutal e mais opções de furtividade, além de inimigos novos.

Sobreviver, morrer e tentar de novo



A novidade em The Last of Us Part II Remastered é o modo roguelike “Sem Volta”. Resumidamente, o título permite que você controle alguns personagens da trama em seis encontros aleatórios até chegar em um chefe final.

Caso você morra antes de completar a sequência, todo o seu progresso será perdido e você voltará ao início e precisará passar novamente por novos cenários gerados aleatoriamente. Por mais que isso pareça irritante, é uma experiência viciante.

Recentemente, God of War Ragnarok recebeu a expansão Valhalla. Ela também adota o sistema roguelike e por se tratar de uma obra de fantasia, consegue introduzir esse elemento em sua narrativa, fornecendo uma das histórias mais interessantes de Kratos.

Entretanto, é notório que a franquia The Last of Us não tem armas mágicas, criaturas mitológicas, deuses ou permite que os personagens ressuscitem como o Fantasma de Esparta fez diversas vezes.

Aqui, o modo tem o propósito de prolongar o tempo do jogador com diversos personagens da trama, mas se destaca em um ponto: permitir que uma excelente jogabilidade do título possa ser aproveitada ao máximo.

Por mais que The Last of Us Part II Remastered tenha mecânicas excelentes de combate corpo a corpo e armas de fogo, uma narrativa tem alguns momentos de ação intensa, mas necessita de uma abordagem mais cautelosa, principalmente na hora de gerenciamento de recursos, já que os elementos de sobrevivência pesam.

Em “Sem Volta”, o jogador poderá soltar toda a sua raiva contra infectados, estaladores, serafitas e os paramilitares da WLF da forma que desejar. Entretanto, boa parte dos encontros envolve mais ação do que furtividade, como sobreviver a hordas e inimigos que já sabem a sua localização.

Cada personagem possui suas particularidades e deve ser escolhido estrategicamente. Enquanto Ellie oferece uma experiência equilibrada e agradará aos jogadores, Tommy, irmão de Joel, traz um rifle aprimorado e maior resistência no combate corpo a corpo, porém não consegue se esquivar.

Essa decisão, além de trazer maior equilíbrio ao modo, permite que os jogadores possam escolher um personagem adequado ao seu estilo. Não só os encontros são gerados aleatoriamente, mas também recursos e armas.

A cada encontro, o jogador recebe itens para aprimorar seu personagem. Há uma sugestão para melhorar as armas, suplementos para liberar novas habilidades e uma estação para comprar armamentos, receitas de fabricação, suprimentos e até mesmo gerar uma nova seleção de equipamentos para serem adquiridos.

A cada encontro que o jogador sobrevive, ele libera novos modificadores que trazem experiências variadas, como inimigos que explodem ao morrer ou mortes por combater o corpo recuperando a vida. Além disso, novos desafios com benefícios interessantes surgem, trazendo uma relação viciante de risco x recompensa.

Melhorando o que já era bom



Tecnicamente, The Last of Us Part II é uma das produções mais impressionantes do PlayStation 4. Sempre figurando na lista de títulos com gráficos mais avançados da indústria de games, não é um jogo que necessitava de remasterização para ficar mais bonito.

Isso fica evidente no novo remaster em que muitos jogadores terão dificuldades para encontrar algumas diferenças visuais. Graficamente, é possível perceber as texturas mais nítidas e a iluminação um pouco melhor, mas nada que justifique uma nova versão.

Sem desempenho, The Last of Us Part II Remastered traz os modos de fidelidade e desempenho. O primeiro tem renderização em resolução 4K e segundo de 30 FPS, enquanto o traz renderização em 1440p, saída com resolução ampliada de 4K ou 1440p, mas meta de 60 FPS.

Em ambos os modos, os jogadores encontrarão uma experiência bem otimizada e sem problemas, algo que não surpreende quando lembramos que estamos falando de um remaster de um jogo da geração passada no PlayStation 5. Outro destaque é o uso do DualSense, trazendo feedback háptico para maior importância.

Entre os bônus, a remasterização traz uma opção especial que traz comentários de pessoas diferentes da produção, como o diretor Neil Druckmann e a atriz Laura Bailey. É uma opção interessante, mas que apenas os fãs mais hardcore irão se interessar, enquanto o jogador comum que só quer ação irá achar entediante, principalmente por ser desbloqueado apenas depois de zerar.

Outra adição são as Fases Perdidas, que permitem jogar níveis que foram cortados durante o desenvolvimento do The Last of Us Part II original. Eles em estado de pré-alfa estão incluídos comentários adicionais dos desenvolvedores.

Os cenários são tão inacabados que alguns não possuem vozes e algumas animações, mas mostram ideias interessantes que poderiam ter chegado ao jogo final, tanto do ponto de vista narrativo quanto de jogabilidade.

Pela importância na trama, eu teria valido a pena investir para encerrar a festa de Jackson e deixar os outros níveis de lado, já que o acontecimento é explicado apenas em diálogos, mas traz consequências à narrativa principal. Além disso, teria algo extra na história e não seria idêntico ao porte do PlayStation 4.

Aqueles que gostam do minigame de tocar violão encontrarão uma seção que permitirá dedilhar as cordas sem objetivo ou limite de tempo, inclusive outros instrumentos com personagens diferentes.

Assim como a versão da geração passada, The Last of Us Part II Remastered traz dublagem e legendas em português. Como a Sony vem fazendo com seus títulos, há diversas opções de acessibilidade para tornar a experiência amigável aos mais variados tipos de jogadores.

Vale a pena?



The Last of Us Part II Remastered é uma das melhores experiências de ação e aventura que os jogadores encontram no PlayStation 5. Claro, o jogo já era fantástico na geração passada e com alguns bônus e aprimoramentos, era fácil se tornar a melhor versão disponibilizada do título.

Uma narrativa brutal, complexa e dramática é um dos pontos mais altos da produção. Por mais que algumas decisões controversas irritem alguns jogadores, é indiscutível a forma como Neil Druckmann conduz seu maior jogo até o momento, sem medo de desagradar, chocar e emocionar.

Embora alguns bônus do pacote, como comentários do diretor e fases em alfa não sejam atrativos tão interessantes, o modo roguelike “Sem Volta” é um dos maiores acertos da Sony, mostrando-se como uma boa solução para prolongar a duração de jogos single player .

The Last of Us Part II Remastered será lançado em 19 de janeiro para PlayStation 5. Ele pode ser adquirido por R$ 249,50 na PlayStation Store e os jogadores que tiverem a edição digital do PlayStation 4 poderão fazer o upgrade por R$ 50.

Melhorias gráficas tmidasNovidades de PoucasTirando “Sem Volta”, os bnus no empolgam

Gráficos

The Last of Us Part II Remastered tem gráficos belíssimos, um sentimento de que já era todo o verso da geração passada. Aqui, as melhorias são tão tmidas e muitas não sabem a diferença para o port do PS4.

Jogabilidade

Além de manter a excelente jogabilidade do PS4, traz o novo modo Sem Volta que utiliza elementos roguelike para entregar ofertas de horas adicionais de diverso.

Histria

Com uma trama pesada, brutal, emocionante, uma experiência única e envolvente.

Trilha Sonora

Excelente trabalho de dublagem para o nosso idioma, além de trazer ótimas músicas e efeitos sonoros de qualidade.

Imerso

Personagens envolventes, ao intenso, momentos chocantes, belíssimos gráficos e parte técnica excelente proporcionam uma experiência nica.

Nota Total

The Last of Us Part II é uma experiência fantástica para quem nunca o jogou. Caso você já tenha experimentado a aventura e não goste do estilo roguelike ou não tenha simpatizado da história, os extras não irão conquistar seu interesse.

*O TudoCelular agradece à assessoria da Sony por ceder uma cópia de The Last of Us Part II Remastered no PlayStation 5 para análise!

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By admin

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