Considerada apenas uma atração turística, a Igreja (Duomo) de Pisa costuma ser ofuscada pela Torre vizinha mais famosa e inclinada. Mas foi nessa igreja que ocorreu uma mudança radical no mundo. Suspensa no teto dessa igreja há uma coleção de candelabros. Agora imóveis, mas em 1.583, um estudante de dez anos da Universidade de Pisa estava com seus colegas nesse recinto. Enquanto eles rezavam, o jovem observava um dos candelabros balançando para frente e para trás. O estudante ficou hipnotizado pelo movimento regular do candelabro. Ele levou o mesmo tempo para ir e voltar. Fez essa medição do tempo com o único relógio de confiança de que dispunha: a corrente sanguínea de seu pulso. Esse rapaz se chamava Galileu Galilei. E foi assim que ele inventou em criar o relógio de pêndulo. Aquele que mudaria a navegação marítima e a indústria.

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O ovo de Nuremberg, o primeiro relógio de bolso.

Oitenta anos antes de Galileu pensar o relógio de pêndulo, Peter Henlein, na cidade de Nuremberg, na Alemanha, fabricou o primeiro relógio de bolso. Era, na verdade, uma jóia, bela e caríssima. Ninguém que comprou os poucos exemplares que foram produzidos se preocupou com a marcação do tempo. Feito com pelo de porco nas engrenagens, foi chamado de “Ovo de Nuremberg”. E ficou meio esquecido.

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Uma revolução industrial marcada pelo relógio.

Durante séculos, o relógio de bolso contínuo sendo uma joia. Era um marco de ascensão social. Só era rico quem tinha uma dessas joias. O importante era o de pêndulo, por ser até cem vezes mais preciso que qualquer um de seus antecessores. E foi ele que gerou uma mudança na percepção do tempo que ainda hoje preservamos. Os relojoeiros foram a vanguarda do que se tornaria a engenharia industrial. A vida industrial solicitada do relógio para marcar as horas e regular o novo dia de trabalho. Antes, a unidade de tempo era uma necessidade para concluir um trabalho. O tempo para ordenar uma vaca ou colocar uma nova sola no sapato velho, por exemplo.

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Todos gostaram da mudança.

Em vez de serem pagos por hora, os trabalhadores recebiam seu trabalho pela peça produzida. Foi chamado de “trabalho recebido”. Era comicamente desregulado. Um fabricante de cerâmica de Birmingham, na Inglaterra, de nome Josiah Wedgwood, foi o primeiro a apresentar uma regra do “período de trabalho”, a prática de “bater ponto”, nos anos 1.700. Nascia o “pagamento por hora”. Óbvio, que marcado por relógios de pêndulo. Os trabalhadores passaram a exigir pagamento por horas extras e, também, por dias de trabalho menores. Os patrões também adoraram a novidade. Passavam a exigir resultados muito maiores dos esforços dos trabalhadores. Só os artistas reagiram qualitativamente. Eles queriam continuar dormindo até mais tarde, divagar sem rumores pelas cidades, enfim, recusaram-se a viver de acordo com os “relógios estatísticos” que governavam a vida econômica.

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