Depois de já ter registado mais de 1.600 mortes por dengue nos primeiros três meses e meio de 2024, a epidemia da doença transmitida por mosquitos no Brasil atingiu níveis sem precedentes. E na maior cidade do país, São Paulo, onde vivem mais de 12 milhões de pessoas, todos os distritos, exceto dois, enfrentam oficialmente epidemias de dengue.

As epidemias são registradas oficialmente quando há mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Nos 96 distritos administrativos de São Paulo, apenas dois ainda se encontram abaixo desse limite: as áreas ricas de Moema e Jardim Paulista.

Por outro lado, o bairro Vila Jaguara, a noroeste do centro da cidade, registra mais de 9.650 casos de dengue por 100 mil moradores.

As autoridades municipais de saúde contaram 67 mortes por dengue na maior cidade do Brasil até agora em 2024. O estado vizinho de São Paulo, onde vivem mais de 45 milhões de pessoas, registrou um total de 353 mortes por dengue desde o início do ano, e está investigando outras 668 possíveis mortes pela doença.

Em todo o país, as mais de 1.600 mortes por dengue já são 35 por cento superiores aos números de todo o ano de 2023. O número total de casos confirmados da doença em 2024 é 114 por cento maior que no ano passado: mais de 3,5 milhões de janeiro a meados de meados de 2023. abril, contra quase 1,65 milhão nos 12 meses de 2023.

Os estados com maiores taxas de casos prováveis ​​por 100 mil habitantes são, pela ordem, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Por enquanto, os estados do Norte e Nordeste do Brasil apresentam níveis muito mais baixos de incidência de dengue.

Na semana passada, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) deu o alerta para a propagação da dengue nas Américas, apontando para um aumento de mais de 48% nos casos em toda a região. “Esta é uma situação de emergência”, disse o diretor da OPAS, Jarbas Barbosa.

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