Consumidores dizem que peixes remetem a memórias da infância e costumes familiares passados ​​de pais para filhos

Movimentação de vendas de peixe na peixaria do Mercadão Municipal de Campo Grande (Foto: Paulo Francis)

O peixe, prato tradicional de Sexta-feira Santa, remete a memórias de infância e tradições familiares passadas de pais para filhos e, posteriormente, para seus netos. É esta tradição que levou bolsas de pessoas às filas para garantir o item principal do almoço do feriado na manhã de hoje (29), dia de celebrar a Paixão de Cristo.

A funcionária pública Nayara Delgado, 31 anos, pediu cedo para ir até a peixaria do Mercadão Municipal para garantir o pintado para um ensopado, enquanto o restante da família aguardava por ela em casa.

“Eu sempre fui de família católica, então já vem de minhas avós, bisavós. Minha avó é descendente de indígenas, e aí junta também com um pouco de descendência dos paraguaios, então já temos aquela tradição (de comer o peixe)”, declara.

 Nayara conta que comer peixe na Sexta-feira Santa é tradição que vem de família (Foto: Paulo Francis)
Nayara conta que comer peixe na Sexta-feira Santa é tradição que vem de família (Foto: Paulo Francis)

A vendedora Ana Claudia Ojeda, 38, também deixou para garantir o prato principal do almoço de última hora, por conta da rotina corrida de trabalho. Ela conta que vai passar o feriado na casa da mãe, com o filho de 9 anos. Ela e sua família também seguem a tradição. “Hoje, em específico, é um dia muito especial, então a gente não come carne vermelha”.

A procura também foi grande na Peixaria Rio Sul, no Bairro São Francisco. De acordo com o peixeiro Jedson Lansoni, 19, os mais pedidos pelos consumidores foram o filé e posta de pintado, costelinha desossada de pacu e pacu recheado e temperado, pronto para assar.

Na peixaria Dona Fresca, também na região de São Francisco, que chegou de última hora querendo garantir o peixe já assado e pronto para consumo acabou ficando sem. A loja aceita encomendas até quinta-feira (27). Mas ainda era possível garantir o peixe fresco.

“A gente estipulou uma reserva aí perto de 400 peixes, então quando estourou esse número nós paramos de pegar reserva porque acima disso fica difícil atender. Hoje infelizmente já chegaram muitos amigos nossos que queriam o peixe assado, mas não foi possível, voltaram sem”, explica o proprietário Clodoaldo Rodrigues, 54 anos.

Clodoaldo assando peixes que clientes pediram sob encomenda para retirar na manhã de hoje (Foto: Paulo Francis)
Clodoaldo assando peixes que clientes pediram sob encomenda para retirar na manhã de hoje (Foto: Paulo Francis)

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