O Brasil se tornou pioneiro na criação de suínos. órgãos para transplantes em humanos. A USP (Universidade de São Paulo) anunciou que iniciará o desenvolvimento da primeira “Pig Facility” do país nesta semana.

O espaço é exclusivo para a criança de porcos que terá seus órgãos geneticamente modificados e compatível com transplantes em pessoas. Em alguns países, já houve pessoas que receberam esse tipo de transplante, uma delas foi operada por um médico brasileiro.

O novo biotério foi construído na Cidade Universitária e é uma peça fundamental no desenvolvimento de pesquisas relacionadas ao Projeto Xeno BR. A primeira iniciativa focada em pesquisas de xenotransplantes da América Latina.

Esse tipo de transplante pode salvar vidas ao reduzir filas de pessoas que esperam transplantes, mas ainda há dificuldades. Infelizmente, o nosso corpo pode rejeitar esses novos órgãos e isso é, atualmente, o maior obstáculo da pesquisa. Porém, a modificação genética dos órgãos pode ser uma solução para o problema e tem sido estudado.

Esse projeto, apesar de novo, já rendeu alguns frutos: um homem dos Estados Unidos que conseguiu ter um aro de porco transplantado. A paciente Sofia de uma doença renal muito avançada, mas conseguiu se recuperar e teve alta hospitalar. O médico responsável pela cirurgia foi o brasileiro “Leonardo Riella”.

Antes disso, um aro de porco geneticamente modificado foi transplantado em um paciente que teve morte cerebral. O corpo dele também se adaptou ao novo órgão.

Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP, falou um pouco sobre o processo de criação de embriões geneticamente modificados:

Já conseguimos criar embriões nos quais os principais genes responsáveis ​​pela eliminação aguda foram silenciados e, agora, o próximo passo é implantá-los nas fêmeas de suínos que serão criadas em ambiente totalmente estéril, que é o objetivo dessa instalação de suínos.



Além disso, hum novo laboratório do Xeno BR será inaugurado no Instituto de Pesquisas Tecnológicas da USP ainda este ano. Não há dados ainda, mas esperamos que seja o mais breve possível.

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