A República Dominicana aumentou a sua força militar ao longo da fronteira com o Haiti, destacando mais de mil novas tropas para salvaguardar a área.

Dirigido pelo major-general Carlos Antonio Fernández Onofre, este movimento estratégico visa as zonas fronteiriças norte, centro e sul.

Estas regiões testemunharam um aumento recente no número de tropas nos principais batalhões de infantaria em Dajabón, Elías Piña e Pedernales, bem como nas forças especializadas em Constanza.

Por que esse aumento? A turbulência contínua no Haiti – marcada por protestos, violência e instabilidade – levantou alarmes através da fronteira, instando a República Dominicana a melhorar as suas medidas de defesa.

Provocações recentes, incluindo travessias não autorizadas que obstruem as operações militares, suscitaram preocupações de segurança significativas.

Vigilância da Fronteira: República Dominicana reforça segurança em meio à agitação no Haiti. (Foto reprodução na Internet)

Em resposta, a República Dominicana não está apenas a aumentar o número de tropas. Está também a reforçar a sua infra-estrutura, incluindo a construção de um muro dentro do seu território para clarificar as fronteiras e impedir travessias ilegais.

O muro visa manter a ordem, prevenir conflitos e conter potenciais escaladas regionais. A presença militar reforçada e os novos projectos infra-estruturais são cruciais.

Visam estabilizar uma relação historicamente complexa e por vezes tensa com o Haiti. Isto garante a paz e a segurança para a região no contexto do agravamento das crises no Haiti.

Fundo

Em 2023, a República Dominicana aumentou os seus gastos militares em 14%, totalizando cerca de 893 milhões de dólares.

A decisão resultou do aumento das preocupações de segurança ao longo da volátil fronteira com o Haiti após o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moïse em 2021.

O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI) observou uma pequena queda de 0,4% nos gastos militares na América Central e no Caribe, totalizando 14,7 mil milhões de dólares.

Apesar desta ligeira queda, as despesas ainda foram 54% superiores às de 2014.

Este aumento reflecte uma resposta regional à escalada das taxas de criminalidade, exigindo intervenções militares mais robustas contra os gangues.

Diego Lopes da Silva, do SIPRI, observou uma tendência em que as nações utilizam cada vez mais tácticas militares em vez de policiais contra a violência dos gangues.

Em suma, estes esforços sublinham uma tendência regional para uma maior dependência das forças armadas.

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