Uma súbita mudança fiscal no Brasil está a abalar a indústria agrícola, indignando os principais comerciantes de produtos agrícolas, como a Cargill Inc. e a Bunge Global SA.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva introduziu esta nova política. Aumenta os custos para exportadores e processadores de produtos essenciais como soja, açúcar e carne bovina.

Esse movimento inesperado surpreendeu traders, levando empresas como Archer-Daniels-Midland Co. e Amaggi Importação e Exportação Ltda a retirar ofertas de soja e milho.

A política restringe a capacidade das empresas de monetizar créditos fiscais, que são cruciais para as suas operações.

Os principais grupos industriais, incluindo a Abiove, que representa os principais comerciantes agrícolas ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Co., classificam a decisão como “desrespeitosa”.

Eles alertam que isso poderá reduzir os lucros dos processadores de soja. Os processadores precisariam pagar US$ 12 a menos por tonelada métrica de soja para manter as margens.

A reestruturação tributária no Brasil envia ondas de choque através do agronegócio. (Foto reprodução na Internet)

Essa mudança tributária atinge mais duramente o setor do agronegócio brasileiro. O agronegócio é a indústria que mais cresce no Brasil, aumentando 11,3% no primeiro trimestre de 2024.

É líder global em produtos que vão da soja à carne bovina. O Ministro das Finanças, Fernando Haddad, introduziu estas restrições para fortalecer o orçamento nacional.

No entanto, os regulamentos existentes já desafiam os processadores e exportadores de alimentos na utilização de créditos fiscais. A nova política torna este fardo ainda mais pesado.

A reestruturação tributária no Brasil envia ondas de choque através do agronegócio

A Unica, que representa os produtores de açúcar e etanol, afirma que a medida irá corroer o fluxo de caixa e aumentar a dívida.

Grupos como ABPA e Abiec, que representam as gigantes da carne JBS SA e BRF SA, argumentam que a iniciativa viola as regras da Organização Mundial do Comércio. Eles equiparam isso a um imposto sobre as exportações.

O impacto vai além do agronegócio. O setor energético também sofrerá. As perdas totais em todos os setores estão projetadas em 29,2 mil milhões de reais (5,6 mil milhões de dólares) este ano.

A Confederação Nacional da Indústria Brasileira prevê que essas perdas poderão dobrar até 2025.

Esta medida enfrenta oposição significativa. Quase duas dúzias de grupos industriais estão instando os líderes do Congresso a rejeitar a regra.

A regra entra em vigor imediatamente por 120 dias. A contribuição significativa do setor do agronegócio para a economia do Brasil torna esta mudança tributária uma questão central.

Demonstra como a despesa governamental excessiva pode levar a medidas imprevisíveis no equilíbrio da política fiscal com o crescimento económico numa grande nação agrícola.

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