Eve Air Mobility, startup desmembrada do braço de inovação da Embraer, Embraer-X anos atrás, espera ter o primeiro protótipo em tamanho real de sua aeronave pronto até o final deste ano e voando até o final de 2026.

Daniel Moczydlower, presidente da Embraer-X, disse no Web Summit Rio que o veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL) da Eve está sendo construído na cidade de Taubaté, no estado de São Paulo. Os primeiros testes de voo também deverão ocorrer ainda este ano na cidade de Gavião Peixoto, a 330 quilômetros da capital paulista, disse à imprensa.

A empresa espera ter tudo o que precisa (dados de testes de solo e voo, além de dados em túnel de vento) para obter o primeiro sinal verde dos reguladores até o final de 2024. A fábrica da Embraer em Taubaté foi anunciada em meados de 2023, meses após a seleção os fornecedores do projeto.

Com décadas de sucesso na produção de novas aeronaves e trabalhando com a Anac, agência reguladora da aviação civil do Brasil, a Embraer acredita que poderá ser a primeira a obter tal certificação. A ideia é interagir primeiro com a Anac, ao mesmo tempo que assina um acordo bilateral com a Agência Federal de Aviação dos EUA e obtém uma certificação subsequente dos reguladores da União Europeia.

Esta etapa é crucial, pois não basta criar um protótipo que possa voar; o modelo de uma empresa deve atender a diversos requisitos industriais e ser replicável e comercializável. É isso que pode fazer com que Eve “ganhe” a corrida com outras startups de mobilidade aérea em todo o mundo.

Até o momento, Eve tem cartas de intenções para quase 3.000 eVTOLs, e a aeronave deverá entrar em serviço em 2026. A última foi assinada na semana passada com a AirX, o maior serviço público de fretamento aéreo de helicópteros do Japão, para até 50 eVTOLs.

A startup prevê receita de US$ 4,5 bilhões até 2030, quando também espera ver seus primeiros veículos voando em modo autônomo. A projecção baseia-se na expectativa de capturar pelo menos 15 por cento do mercado total de mobilidade aérea urbana endereçável, que deverá valer cerca de 31 mil milhões de dólares até então.

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