O Panamá já fez parte da Colômbia. Seu canal, uma conquista monumental da engenharia de sua época, abriu caminho para sua independência. Avançando mais de um século depois, sob o governo de Gustavo Petro, surge um novo plano: a concorrência.

O líder de esquerda, que assumiu o cargo em 2022, está a dar nova vida a um projeto há muito abandonado na Colômbia. Este ambicioso empreendimento envolve a construção de uma extensa rede ferroviária que abrange a costa do país, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico e oferecendo uma alternativa potencial para o comércio internacional em meio aos desafios enfrentados pelo Canal do Panamá.

Desde o seu início, o projeto tem sido perseguido por preocupações quanto ao seu custo. Prevista para ser concluída até 2050, exigiria um investimento substancial, estimado em 25 biliões de COP (cerca de 6,5 mil milhões de dólares) apenas para a linha ferroviária. O plano surge num momento em que milhares de colombianos saíram recentemente às ruas para protestar contra as reformas económicas e em que a administração do Sr. Petro está a lutar para conseguir que a legislação seja aprovada pelo Congresso, levantando dúvidas sobre a viabilidade de obter o consenso necessário para tal empreendimento monumental.

No entanto, o governo está a redobrar o seu ambicioso projecto, vendo-o como uma solução potencial e uma via alternativa para o comércio. Esta iniciativa ganha importância no meio das preocupações em torno do Canal do Panamá, que regista níveis de água historicamente baixos, levantando questões sobre a sua capacidade a longo prazo para lidar com a procura crescente.

Segundo relatos da imprensa colombiana, o projeto entrou na fase de pré-viabilidade, com as agências governamentais explorando ativamente o seu potencial. Liderada por Petro desde que assumiu o cargo, a iniciativa envolve a construção de uma linha ferroviária dupla intermodal de 200 quilômetros conectando o porto do Atlântico…

By admin

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *