PS acusado de “eleitoralidade”

A decisão do Partido Socialista (PS) de machado seu polêmico aumento do imposto de circulação de veículos IUC foi criticado pelos partidos da oposição – não porque discordem, mas porque acreditam que só aconteceu porque faltam apenas alguns meses para as eleições.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o deputado do PSD Hugo Carneiro sublinhou que todos os partidos da oposição apelidaram a proposta de “uma injustiça contra a classe média e as classes mais desfavorecidas”lembrando que o governo justificou motivos ambientais.

No final, este argumento do PS e do governo era falso, não há preocupação ambiental, houve apenas uma preocupação em aumentar os impostos sobre os portugueses (…) Qual é a verdadeira razão da inversão de marcha? São as eleições”, disse, admitindo que esta proposta pode até ir contra a vontade do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, “mas já não estão no comando da vida interna do PS”.

Para o PSD, esta “nunca foi uma questão eleitoral, mas sim de justiça social” para todos os cidadãos que só têm carros mais antigos “porque não têm dinheiro” para os mais novos.

Poucos minutos depois, o presidente da Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, também falou à comunicação social para descrever a proposta do PS como “absolutamente oportunista e eleitoralista”.

“É uma pena que tenham esperado uma campanha eleitoral para fazer esta mudança, é pura hipocrisia, puro oportunismo, pura e dura campanha eleitoral”, disse ele.

Rui Rocha afirmou que ao justificar o recuo por razões de justiça social, o PS está a admitir que “a proposta do governo, que subscreveu até há poucas horas, foi profundamente injusta”.

No entanto, ambas as partes saudaram esta mudança como “uma vitória para os cidadãos”, já que vários movimentos têm protestado nas ruas contra esse aumento.

“Embora o governo tenha dito desde o início que se tratava de apenas um aumento de 25 euros, gostaria de salientar que se tratava de um aumento Aumento de 25 euros por ano,” enfatizou o deputado do PSD.

Em causa está uma medida prevista no OE2024 que iria alterar as regras fiscais do IUC para os veículos da categoria A matriculados antes de 2007 e as motos (categoria E), determinando que estes deixariam de ser tributados apenas com base na cilindrada (como acontece atualmente). caso), mas que a componente ambiental seria tida em conta.

Na terça-feira, o ministro das Finanças, Fernando Medina, tinha remetido ao grupo parlamentar do PS para um possível recuo na subida do IUC para veículos mais antigos, argumentando que o governo tinha apresentado a sua posição no orçamento.

Fonte: LUSA

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