Prego era um protagonista e sem tempo ruim para viver intensamente – Comportamento

Amigos da natação e da Feira da Bolívia estão de luto pela perda repentina de Emerson Coelho de Araújo, carinhosamente conhecido como “Prego”. O atleta do Rádio Clube, aos 59 anos, sofreu um infarto fulminante enquanto nadava nesta terça-feira (16).

Durante o velório, amigos e admiradores de “Prego” compartilharam depoimentos emocionados sobre a trajetória marcante do atleta, que foi considerado um dos mais queridos na Feira da Bolívia.

A turismóloga Amanda Pompeu destacou a longa amizade com o atleta: “Sou Douradense e conheci o Prego desde os 11 anos. Era como um irmão, sempre prestativo, com um sorriso lindo e olhos verdes. Amigo de todos, nunca tinha tempo ruim, por mais dificuldades que tive.”

Ulisses Cavalcanti, professor de inglês em bonitorelembrou uma amizade de mais de 40 anos: “Era uma pessoa ímpar. Quando saíamos para pescar, ele chegava lá e, sem precisar falar nada, era proativo, fazia o almoço, curtia a natureza. Tinha um bom papo, nunca ouvi falar na vida que teve uma discussão com alguém. Era uma pessoa de bom coração, honesta, e nos dias de hoje, é difícil. Por isso, o local está cheio, era um cara maravilhoso. Foi uma perda muito dura. Ele era esportista, incrível, com 59 anos.”

Durval Barbosa da Silva Filho, professor e técnico de natação do Rádio Clube, esteve ao lado do “Prego” no momento do trágico acontecimento. Ele irá obter detalhes sobre a paixão do atleta pela natação.

“Ele começou a nadar em 2020, me conheceu e falou ‘meu mestre, quero competir’. Morou na Inglaterra, cozinhava que era uma maravilha, fez vários cafés da manhã, era o protagonista da comida. Era uma pessoa do bem, conhecia todo tipo de erva para a saúde. Era nadador master, buscou uma marca, fez 31 segundos na prova de 50 metros livres.”

Durval também descreveu os momentos finais de “Prego” e a comoção durante o resgate: “Foi uma parada cardíaca, ele estava em pé dentro da piscina, eu estava do lado, fora da água. Tinha terminado o treino às 8h, ele disse ‘ai que dor no peito’, olhei para ele, ele desceu, tiramos ele da água. Uma médica que estava nadando junto fez massagem cardíaca. Foram 50 minutos de massagem, e teve outro infarto na Santa Casa, infarto agudo do miocárdio. Morreu fazendo o que gostava, amava nadar”, finaliza.

O sepultamento é às 10h30 no Memorial Park.

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